Conhecer bem para onde vai o dinheiro arrecadado mensalmente é o primeiro passo para uma boa administração do condomínio. Por conta disso quem mora em condomínio quer cada vez mais ter menos despesas e, por isso, os síndicos precisam buscar alternativas para diminuir os gastos.
A crise que o país vive tem ‘apertado o bolso’ dos condôminos. É essencial estudar corte de gastos com mão de obra, água, energia e materiais de consumo. Só reduzindo custos com mão de obra, por exemplo, as contas podem diminuir em até 40% por mês.
É bom ressaltar que quando ocorre a redução de gastos, a probabilidade de surgirem inadimplências diminuem, o que pode ser um ponto positivo para economizar os recursos do prédio.
A folha de pagamentos e os encargos são os campeões dos custos no condomínio, porém é possível diminuir as despesas tomando algumas providências simples como avaliação constante do quadro de pessoal.
Confira abaixo algumas dicas que podem ajudar os síndicos com pequenos cortes de gastos e investimentos para reduzir as despesas com o condomínio:
1- Fique de atento às horas extras. Se os gastos com horas extras estiverem muito altos, é hora de repensar se não vale a pena contratar um outro funcionário. Se o zelador, que tem o maior salário do condomínio, faz hora extra na portaria com frequência, isso pode justificar a contratação de um folguista, cujo salário é menor;
2- Faça revisões anuais na escala. Fazer avaliações anuais do quadro de funcionários e das escalas de trabalho pode reduzir a despesa com pessoal. Evite também que funcionários acumulem funções, é bastante oneroso;
3- Priorize funcionários que morem nas proximidades do condomínio. O número de conduções a ser pago é menor e a probabilidade que chegue no horário é maior;
4- Caso o condomínio opte por funcionários terceirizados, desconfie sempre de preços muito baixos e certifique-se que a empresa contratada mantém em dia suas obrigações (INSS, FGTS, etc.) com os empregados;
5- Poupe energia elétrica. Programação de elevadores e instalação de minuterias (sensores de presença) e a troca das lâmpadas por led são saídas comumente adotadas e que podem gerar uma economia de até 40%;
6- Economize água. A instalação de hidrômetros individuais é indicada, pois incentiva a economia de água do prédio como um todo e pode representar uma economia de 20% na conta de água do prédio. Se não for possível, tome medidas como verificar vazamentos, instalar redutores de vazão ou reaproveitar a água da chuva;
7- Economia com piscinas. Apenas como base, uma piscina de 12 m x 4,40 m x 1,40 m consome, mensalmente, uma média de 7 quilos de cloro. Novas tecnologias tratam a mesma água com sal, ozônio ou íons e reduzem bastante o custo com produtos químicos convencionais;
8- Realize manutenções preventivas. Todo prédio deve ter em sua agenda de obrigações as manutenções preventivas que são bem mais baratas que as obras de reparação. Agende visitas mensais com as empresas, dessa forma é possível haver manutenção preventiva. Não espere que os equipamentos quebrem. Isso ajuda a acelerar o reparo e a evitar um dano maior;
9- Faça um orçamento anual. Condomínio e administradora devem elaborar o planejamento financeiro anual a fim de evitar a emissão de cotas extras para dissídio de funcionários ou pagamento de 13º salário, por exemplo;
8- Combata a inadimplência. O condomínio deve evitar que inadimplentes se tornem crônicos. A primeira recomendação é procurar o inadimplente para tentar fazer um acordo amigável de dentro das regras do condomínio;
10- Exerça uma gestão responsável. É preciso racionalizar os custos para evitar que o condomínio deixe de arcar com seus pagamentos. Para isso, o condomínio não pode arrecadar menos do que gasta;
11- Estimule a gestão participativa. Os condôminos podem fazer parte do dia a dia da gestão sugerindo ideias interessantes e alternativas inteligentes para a gestão do orçamento do condomínio.
É notório que a redução de custos é um dos objetivos principais do condomínio. Dessa forma terá condições de implementar melhorias, reformas e demais necessidades reais.
Assim sendo, é papel do síndico, além do conselho, bem como de todos os condôminos, acompanhar todo tipo de contrato ou negociação que envolva o condomínio, especialmente o gerenciamento da receita e do fundo, bem como ter a certeza de que não se gastará mais do que se arrecada. Mas lembre-se, todas as alternativas passam pela mudança de comportamento de todos que fazem a coletividade.
Fontes consultadas: Lello Condomínios / Zap Imóveis / SindicoNet.
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Natália Freire.