Ser síndico dá uma trabalheira sem fim. Mas é igualmente satisfatório ver o seu patrimônio, e o dos vizinhos, sempre bem cuidado, os problemas sendo resolvidos e tudo correndo em paz no condomínio.
A cada dia que passa o número de síndicos de “primeira viagem” aumenta. E ficar um pouco perdido nessa função é normal, pois ser síndico pela primeira vez exige esforço em dobro. A semelhança entre eles é a vontade de contribuir e melhorar a qualidade de vida em vizinhança.
Ao assumir o cargo de síndico, a pessoa adquire para si uma série de responsabilidades e até mesmo riscos, caso não exerça o cargo adequadamente. Por isso, aqueles que são novatos na função precisam se inteirar da legislação sobre o assunto e adotar medidas em áreas fundamentais para a harmonia do condomínio.
Para evitar problemas e conseguir melhorar a vida no condomínio, o representante precisa tomar uma série de cuidados, pois os processos judiciais mais comuns envolvendo síndicos são resultados de atos ilícitos ou má administração. É muito importante a observação dos limites legais da atuação no cargo.
Baseado nos itens que não podem ser deixados de lado por quem ocupa o cargo, a Marvan preparou um guia rápido e prático para auxiliar os novatos.
INSPEÇÃO – O síndico deve fazer anualmente o check-up predial, que é uma análise completa da parte física e documental do condomínio. Na estrutura devem ser verificados itens como: fachada, áreas comuns, terraço, equipamentos de segurança, além das partes de hidráulica, elétrica e gás. Já na parte documental, a verificação da documentação que comprove a realização dos serviços obrigatórios e certificações técnicas do condomínio.
LEGISLAÇÃO – O principal instrumento que regula os condomínios é o Novo Código Civil. É a partir dele que deve ser feita a análise sobre os diretos e deveres do condômino. Outro instrumento importante é o regulamento interno, que limita e harmoniza as normas de convívio.
COMUNICAÇÃO – O síndico deve buscar uma administração participativa. Com isso, ele deve elaborar um plano de ação com as necessidades imediatas, de médio e de longo prazo, visando sanar tudo de forma equilibrada e transparente.
FINANÇAS – O recomendável é que a tarefa de acompanhar e de manter-se em dia com os impostos seja confiada a uma administradora, visto a complexidade do assunto.
FUNCIONÁRIOS – É importante um bom recrutamento e seleção para encontrar o funcionário certo para cada função. Uma dica para o síndico iniciante é colocar as funções num organograma e elaborar um descritivo de cargos. Há ainda a obrigação da elaboração da escala de revezamento e controle de horas extras. Se esses itens não forem observados, em casos de fiscalização, podem gerar multas ao Condomínio.
INFRAESTRUTURA – Os condomínios possuem uma infraestrutura que necessita de manutenção. É cada vez mais comum encontrar unidades com sistemas tão complexos como o de uma cidade, com ruas, galerias de galerias de água pluviais, sistema de esgoto, dentre outras áreas que também necessitam de gestão. É importante que o síndico delegue essa função a uma empresa capacitada para evitar problemas futuros.
MANUTENÇÃO – Os síndicos precisam estar atentos também às normas regulamentadoras e às legislações municipais, estaduais e federais, principalmente, referentes às manutenções obrigatórias.
OBRAS – Para toda e qualquer obra no condomínio é necessário o acompanhamento de um engenheiro. É recomendável também a contratação do seguro da obra e a elaboração do cronograma físico financeiro, de forma a executar os pagamentos conforme a execução do projeto.
E, para finalizar, para ser um síndico é essencial ter postura e saber lidar com pessoas, ter uma boa conversação e ser o mais imparcial possível, a fim de manter o bem-estar preservado de todo o prédio.
Fontes consultadas: www.revistasindico.com.br, www.seucondominio.com.br e www.sindiconet.com.br.
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Natália Freire.